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Alimentos continuam a pressionar preços em abril


O tomate é um dos produtos que tem
variação de preços mais expressiva
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) ficou em 1,19% em abril, a maior taxa para o mês desde 2004, quando a elevação foi de 1,20%. Apesar disso, o resultado, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou abaixo do registrado em março (1,29%), devido a altas menores em algumas matérias-primas brutas agrícolas, como a soja.

No momento em que já eram esperadas taxas menores entre legumes e hortaliças, a pressão persistiu. Na Central de Abastecimento (Ceasa) de Londrina, produtos como a batata e o tomate ainda estavam com preços bem elevados na última sexta-feira (10). O saco de 50 quilos da batata custava R$ 90. Segundo levantamento feito pela FOLHA, é o mesmo valor que o registrado nos primeiros dias úteis de janeiro, fevereiro, março e abril deste ano.

Já o preço da caixa de 21 quilos de tomate era de R$ 55, pouco abaixo dos R$ 60 praticados em 3 de março e muito acima dos R$ 25 de 3 de janeiro de 2014. A reportagem pesquisou uma relação de 15 produtos no site da Ceasa, e nenhum apresentou queda significativa de valor neste ano.

A variação de preços de hortifrúti é muito grande ao longo dos meses. Dos produtos pesquisados pela FOLHA, o repolho foi o que sofreu maior oscilação desde janeiro do ano passado. A caixa com 28 quilos da verdura custava R$ 5 nos primeiros dias úteis de novembro e dezembro de 2013 e em janeiro deste ano. Mas chegou a R$ 35 em julho do ano passado, ou seja, 5 vezes mais. Na última sexta-feira, estava a R$ 25.

O tomate (caixa com 21 quilos) é outro produto que teve variação expressiva. Chegou a custar R$ 25 em outubro e quatro vezes mais (R$ 100), em abril do ano passado. Na sexta-feira, estava a R$ 35. Já o ovo é o que menos oscilação sofreu entre os pesquisados. Seu preço mais baixo foi de R$ 72 nos dois primeiros meses de 2013. E chegou a R$ 100 na sexta-feira passada - variação de 39%.

Da relação pesquisada pela reportagem, quatro hortifrúti tinham preços mais baixos na semana passada que no dia 2 de janeiro de 2013. A cebola é um deles. Custava R$ 25 (caixa com 20 quilos), contra R$ 28 há 16 meses atrás. A maçã nacional também está mais barata. A caixa com 18 quilos da fruta custava R$ 52 na semana passada e R$ 57 no início do ano passado. Mamão e limão também estão com preços bem mais camaradas agora. A caixa com 30 quilos do primeiro está a R$ 48 contra R$ 75 de janeiro de 2013. E o limão baixou de R$ 45 para R$ 18.

O gerente da Ceasa em Londrina, Marcos Augusto Pereira, afirma que, além dos problemas climáticos, o câmbio interfere muito nos preços dos hortifrúti. "A maior parte dos inseticidas e das sementes usadas pelos produtores vem de fora. Então, a variação do dólar tem efeito direto na produção", afirma. Ele lembra que a moeda norte-americana bateu recordes de alta diante do real no ano passado.

Pereira ressalta que os preços dos hortifrúti aumentam rapidamente, mas caem na mesma velocidade. "Os ciclos são mais curtos. Hoje, falta produto no mercado, mas daqui a 60 dias já tem nova colheita. Não é como a pecuária, que o produtor deixa o gado esperando no pasto pela melhora do preço. Por ser perecível, o produto tem de ser rapidamente comercializado", explica. (Redação: Nelson Bortolin - Reportagem Local FolhaWeb, com Agências / imagem: Gina Mardones)

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Postado por: Érick Paiva - Blog Congotícias
Érick é acadêmico do curso de Direito, cursando atualmente o 10º período na Faculdade Cristo Rei (FACCREI) de Cornélio Procópio. É o criador do Blog Congotícias, levando a informação para Congonhinhas e região há mais de 10 anos.