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MEC reprova 19% das faculdades paranaenses


Redação: Celso Felizardo - Reportagem Local FolhaWeb
Em Londrina, duas faculdades fazem parte da lista,
a Faculdade Arthur Thomas, e a Uninorte, que agora
funciona com o nome de UniLondrina.
(Foto: Ricardo Chicarelli)
Londrina – Quase um quinto das faculdades do Paraná foi reprovado pelo Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado ontem pelo Ministério da Educação (MEC). De 137 faculdades, 26 não atingiram a nota 3 no indicador oficial de qualidade do ensino superior no País, que vai de 1 a 5. Em todo o Brasil, 2.042 instituições foram avaliadas e 324 consideradas insatisfatórias. O relatório também incluiu universidades, institutos federais e centros universitários, mas apenas cinco estabelecimentos destes grupos ficaram com média abaixo de 3 no relatório.
O Estado divide com a Bahia o quarto lugar no ranking de unidades da federação com mais faculdades "reprovadas" pelo MEC, atrás apenas de São Paulo (58), Minas Gerais (46) e Pernambuco (26). Ao se levar em conta a proporção entre faculdades consideradas insatisfatórias e o total de estabelecimentos por Estado, Tocantins tem a pior situação. Onze das 15 faculdades não atingiram a nota média exigida pelo MEC, o que corresponde a 73,3%. Amapá (58%), Pernambuco (56%), Acre e Alagoas (50%) completam a lista dos Estados onde pelo menos a metade das faculdades existentes não são consideras satisfatórias. No proporcional, o Paraná tem a 12ª pior situação do País, com 19% de instituições reprovadas.
Em Londrina, duas faculdades fazem parte da lista, a Faculdade Arthur Thomas, e a Uninorte, que agora funciona com o nome de UniLondrina. Assim como as outras 24 instituições paranaenses, elas atingiram a média 2 na avaliação. Curitiba lidera a lista com seis instituições relacionadas: Faculdade de Tecnologia Inesul do Paraná; Faculdade de Tecnologia Cetep; Faculdade de Educação Superior do Paraná; Faculdades Spei; Faculdade de Tecnologia Machado de Assis; e Faculdades Integradas Espírita. A lista segue com Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), que teve três faculdades reprovadas. Maringá e Dois Vizinhos (Sudoeste), aparecem com duas faculdades mal avaliadas. (Confira a lista completa nesta página).

RIGOR

De acordo com o MEC, as instituições reprovadas serão impedidas de abrir novos cursos e estarão sujeitas a assinar um protocolo de compromisso com o ministério, garantindo medidas que recuperem sua qualidade. Dessas instituições, 73 estão com ato de credenciamento vencido e não declararam ao Censo da Educação Superior 2014. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deixou claro que a estratégia não funcionou. "As que achavam que não seriam identificadas e não responderam ao censo, achando que com isso poderiam sobreviver na sombra, terão muita luz e muito rigor na avaliação", advertiu Mercadante.
O MEC prometeu também tratar com rigor as instituições e os cursos considerados insatisfatórios, avaliados pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC). Aqueles com baixo desempenho no CPC passarão por medidas de regulação e supervisão, anunciou o ministro. Além de não poder abrir novas vagas, também serão impedidos de realizar novos contratos de programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Universidade para Todos (ProUni). Não serão autorizados, ainda, a utilizar o curso superior como referencial para aderir ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
"Por exemplo, os que tiveram avaliação insatisfatória, mas melhoraram de situação de 2011 para 2014, têm o vestibular suspenso, mas poderão reabrir a partir de um protocolo de compromisso em que demonstram ao MEC que serão tomadas as medidas necessárias para recuperar a qualidade do curso", explicou o ministro.
Nos cursos em que a queda de desempenho foi contínua, no período avaliado, o acompanhamento será mais rigoroso ainda. "Eles não poderão abrir vestibular e, além do protocolo de compromisso, nós só autorizaremos depois que a equipe do MEC e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) for lá e verificar efetivamente as condições do curso", afirmou Mercadante. (Com Agência Brasil).

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Postado por: Érick Paiva - Blog Congotícias
Érick é acadêmico do curso de Direito, cursando atualmente o 10º período na Faculdade Cristo Rei (FACCREI) de Cornélio Procópio. É o criador do Blog Congotícias, levando a informação para Congonhinhas e região há mais de 10 anos.