Greve dos caminhoneiros esquenta o clima para as manifestações pelo impeachment de Dilma
Fonte: Ricardo Noblat (Blog do Fábio Campana)
Qual foi a inteligência rara que aconselhou a presidente Dilma Rousseff a chamar a polícia ao invés de negociadores para tentar acabar com a greve dos caminhoneiros?
O pior: a ideia pode ter partido da própria Dilma, uma pessoa de formação áspera, encrespada, violenta no trato com seus subordinados.
O que Dilma não parece entender é que subordinados nada têm a ver com governados. Subordinados são obrigados a obedecer a ela – ou a se demitirem. Governados podem dispensá-la.
A greve dos caminhoneiros serve a um propósito não previsto – o de aumentar o mau humor de um setor importante da economia às vésperas de manifestações marcadas para o próximo dia 15.
Tais manifestações pedirão o impeachment de Dilma. O governo receia que elas sejam bem sucedidas principalmente em São Paulo e em alguns Estados do Sul. Ali é reduto do PSDB.
Reunido ontem em São Paulo, o alto comando do PSDB decidiu que o partido não participará das manifestações – mas nada impede que vários dos seus líderes saíam às ruas por sua conta e risco.
O eventual impeachment de Dilma só beneficiaria o PMDB do vice Michel Temer. E o PSDB acabaria obrigado a se compor com o PMDB para juntos governarem.
É mais cômodo para o PSDB esperar que o segundo mandato de Dilma seja um fracasso para que ele tente derrotar o PT daqui a quatro anos.
Quando era oposição, o PT cobrava negociação para superar impasses trabalhistas – jamais a polícia. No governo, Dilma preferiu chamar a polícia para reprimir grevistas.
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Greve dos caminhoneiros (Foto: Divulgação) |
O pior: a ideia pode ter partido da própria Dilma, uma pessoa de formação áspera, encrespada, violenta no trato com seus subordinados.
O que Dilma não parece entender é que subordinados nada têm a ver com governados. Subordinados são obrigados a obedecer a ela – ou a se demitirem. Governados podem dispensá-la.
A greve dos caminhoneiros serve a um propósito não previsto – o de aumentar o mau humor de um setor importante da economia às vésperas de manifestações marcadas para o próximo dia 15.
Tais manifestações pedirão o impeachment de Dilma. O governo receia que elas sejam bem sucedidas principalmente em São Paulo e em alguns Estados do Sul. Ali é reduto do PSDB.
Reunido ontem em São Paulo, o alto comando do PSDB decidiu que o partido não participará das manifestações – mas nada impede que vários dos seus líderes saíam às ruas por sua conta e risco.
O eventual impeachment de Dilma só beneficiaria o PMDB do vice Michel Temer. E o PSDB acabaria obrigado a se compor com o PMDB para juntos governarem.
É mais cômodo para o PSDB esperar que o segundo mandato de Dilma seja um fracasso para que ele tente derrotar o PT daqui a quatro anos.
Quando era oposição, o PT cobrava negociação para superar impasses trabalhistas – jamais a polícia. No governo, Dilma preferiu chamar a polícia para reprimir grevistas.