Osmar Dias desiste de candidatura ao governo do Paraná
Fonte: Guilherme Marconi - Folha de Londrina
O ex-senador Osmar Dias (PDT) encaminhou comunicado à imprensa nesta sexta-feira (3) desistindo da disputa ao governo do Paraná. Na véspera da convenção do partido marcada para este sábado (4), o anúncio já vinha sendo cogitado depois de alianças firmadas pelo presidenciável Alvaro Dias (Podemos), irmão de Osmar. O pedetista havia anunciado a pré-candidatura desde 2017. Osmar Dias renunciou também hoje à presidência estadual do PDT. Osmar encaminhou carta nesta ao presidente nacional do partido, Carlos Lupi, comunicando a decisão.
Isolado e com poucos partidos, o pedetista atacou as alianças que estão sendo formadas para o pleito. "Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas". O anúncio pode deixar a eleição bastante polarizada no Estado.
A especulação em torno de uma possível desistência de Osmar Dias em concorrer ao Palácio Iguaçu começou a correr na quinta-feira (2). Essa hipótese foi levantada mediante a aliança nacional do presidenciável e irmão dele, Alvaro Dias (Podemos), com o PSC, que no Paraná apoia Ratinho Junior, candidato ao governo. O PSC lançou Paulo Rebello de Castro como vice de Alvaro. Entretanto, segundo a assessoria, Osmar não deverá disputar outros cargos, ou seja não deverá concorrer ao Senado na chapa de Ratinho, como já foi cogitado por grupos políticos.
Segue na íntegra a carta de Osmar Dias.
"Reorganizar o Estado, acabar com o loteamento de cargos, romper com um modelo de governo em que impera o compadrio, a nomeação de pessoas sem qualificação, sem capacidade, libertá-lo dos vícios do patrimonialismo e combater com rigor a corrupção que contaminou as instituições públicas, recuperando o respeito e a confiança da população nas autoridades.
Coragem e determinação para isso foi o que demonstrei em toda minha caminhada.
Durante meses a fio lutei incansavelmente para construir uma frente política que não me deixasse só numa batalha desejada por toda a sociedade.
Encontrei muita gente, nas ruas e nas estradas, sintonizadas com essas ideias, exigindo que as mudanças sejam feitas para não permitirmos que o Paraná e o Brasil sejam empurrados para uma crise ainda mais profunda.
Mas percebi que o sistema político sem reformas não aceita na prática o discurso de mudança que todos os políticos pregam em época de eleição.
Por ingenuidade ou excesso de confiança acreditei que como eu os políticos de todos os partidos haviam compreendido o momento grave que estamos vivendo.
Não cedo jamais em valores e princípios. Aceito discutir e construir alianças políticas que sejam para atender o interesse público. Mas não negocio com o interesse público, não faço acertos perniciosos à sociedade para contemplar pessoas ou grupos políticos que não medem consequências nem custos para ter o poder e repartir suas benesses com amigos e parentes.
Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas.
Política não pode ser um jogo dominado por sentimentos e paixões negativas como vaidade, inveja, pensamento medíocre.
Não aceito fazer parte disso!
Prefiro preservar minha história de trabalho e ter dignidade e respeito à minha família e amigos e às pessoas que verdadeiramente gostam e acreditam em mim.
Por isso, comunico que não disputarei as eleições em 2018.
Peço a compreensão e o apoio a essa difícil decisão que é definitiva.
Agradeço sinceramente o carinho que sempre recebi dos paranaenses e, peço que Deus nos conceda suas bênçãos para que tenhamos um futuro melhor para o nosso Paraná."
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(Foto: Saulo Ohara/Grupo Folha) |
Isolado e com poucos partidos, o pedetista atacou as alianças que estão sendo formadas para o pleito. "Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas". O anúncio pode deixar a eleição bastante polarizada no Estado.
A especulação em torno de uma possível desistência de Osmar Dias em concorrer ao Palácio Iguaçu começou a correr na quinta-feira (2). Essa hipótese foi levantada mediante a aliança nacional do presidenciável e irmão dele, Alvaro Dias (Podemos), com o PSC, que no Paraná apoia Ratinho Junior, candidato ao governo. O PSC lançou Paulo Rebello de Castro como vice de Alvaro. Entretanto, segundo a assessoria, Osmar não deverá disputar outros cargos, ou seja não deverá concorrer ao Senado na chapa de Ratinho, como já foi cogitado por grupos políticos.
Segue na íntegra a carta de Osmar Dias.
"Reorganizar o Estado, acabar com o loteamento de cargos, romper com um modelo de governo em que impera o compadrio, a nomeação de pessoas sem qualificação, sem capacidade, libertá-lo dos vícios do patrimonialismo e combater com rigor a corrupção que contaminou as instituições públicas, recuperando o respeito e a confiança da população nas autoridades.
Coragem e determinação para isso foi o que demonstrei em toda minha caminhada.
Durante meses a fio lutei incansavelmente para construir uma frente política que não me deixasse só numa batalha desejada por toda a sociedade.
Encontrei muita gente, nas ruas e nas estradas, sintonizadas com essas ideias, exigindo que as mudanças sejam feitas para não permitirmos que o Paraná e o Brasil sejam empurrados para uma crise ainda mais profunda.
Mas percebi que o sistema político sem reformas não aceita na prática o discurso de mudança que todos os políticos pregam em época de eleição.
Por ingenuidade ou excesso de confiança acreditei que como eu os políticos de todos os partidos haviam compreendido o momento grave que estamos vivendo.
Não cedo jamais em valores e princípios. Aceito discutir e construir alianças políticas que sejam para atender o interesse público. Mas não negocio com o interesse público, não faço acertos perniciosos à sociedade para contemplar pessoas ou grupos políticos que não medem consequências nem custos para ter o poder e repartir suas benesses com amigos e parentes.
Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas.
Política não pode ser um jogo dominado por sentimentos e paixões negativas como vaidade, inveja, pensamento medíocre.
Não aceito fazer parte disso!
Prefiro preservar minha história de trabalho e ter dignidade e respeito à minha família e amigos e às pessoas que verdadeiramente gostam e acreditam em mim.
Por isso, comunico que não disputarei as eleições em 2018.
Peço a compreensão e o apoio a essa difícil decisão que é definitiva.
Agradeço sinceramente o carinho que sempre recebi dos paranaenses e, peço que Deus nos conceda suas bênçãos para que tenhamos um futuro melhor para o nosso Paraná."