Mesmo após perder a visão, agricultor do Paraná continua a trabalhar na roça
Fonte: G1 PR
Mesmo após perder a visão, o agricultor Márcio Gomes de Oliveira, de Guarapuava, na região central do Paraná, continua a trabalhar na roça. Além de cuidar dos animais, cortar lenha, colher uva e cozinhar, ele voltou a estudar e tem planos para o futuro.
Márcio, que já tinha baixa visão, mas conseguia identificar cores e objetos, ficou cego há cerca de dois anos.
“Após eu ficar cego, eu não parei com as minhas atividades. Eu pensei: eu vou continuar. Vou desenvolvendo aqui um jeito, vou tateando o chão e vou juntando grimpa, vou cortando lenha, vou cuidar da minha propriedade”, contou.
Com o tato e a audição, ele desenvolveu técnicas para se localizar quando está em um lugar mais aberto.
“Como eu sei que tem mato próximo, eu paro e ouço o vento nas árvores. Ouço o galo cantar, se eu estou longe da minha casa, eu sei que naquela direção que é a minha casa. Eu conheço os latidos dos meus cachorros também. Se eles latem para cá, eu venho nessa direção”, explicou.
Além disso, o agricultor criou alguns pontos de referência na propriedade, para saber onde está. Márcio também usa uma bengala – um espeto de churrasco adaptado.
Sirlei de Oliveira, esposa do agricultor, conta que no começo foi muito difícil, mas que ele já superou. Ela admite que, às vezes, tenta proteger o marido, mas afirma que ele continua fazendo tudo muito bem sozinho.
“Eu tenho autonomia. É essa liberdade que a gente precisa como cego. As pessoas têm que dar a oportunidade de eu tentar fazer, né? E assim, claro que eu vou conseguir fazer”, disse.
E Márcio não fica parado. Está estudando leitura e a escrita em Braile e informática. Também faz um curso de orientação e mobilidade para poder se locomover sozinho.
“Eu sou curioso, sabe? Eu sempre quero mais. Para mim, isso aqui é pouco ainda. Vou estruturando aí, vou estudando, vou melhorando minha condição de vida e vou vivendo como todo mundo”, afirma.
Agricultor de Guarapuava ficou cego há cerca de dois anos, se adaptou e continua a trabalhar no campo (Foto: Reprodução/RPC) |
Márcio, que já tinha baixa visão, mas conseguia identificar cores e objetos, ficou cego há cerca de dois anos.
“Após eu ficar cego, eu não parei com as minhas atividades. Eu pensei: eu vou continuar. Vou desenvolvendo aqui um jeito, vou tateando o chão e vou juntando grimpa, vou cortando lenha, vou cuidar da minha propriedade”, contou.
Com o tato e a audição, ele desenvolveu técnicas para se localizar quando está em um lugar mais aberto.
“Como eu sei que tem mato próximo, eu paro e ouço o vento nas árvores. Ouço o galo cantar, se eu estou longe da minha casa, eu sei que naquela direção que é a minha casa. Eu conheço os latidos dos meus cachorros também. Se eles latem para cá, eu venho nessa direção”, explicou.
Além disso, o agricultor criou alguns pontos de referência na propriedade, para saber onde está. Márcio também usa uma bengala – um espeto de churrasco adaptado.
Sirlei de Oliveira, esposa do agricultor, conta que no começo foi muito difícil, mas que ele já superou. Ela admite que, às vezes, tenta proteger o marido, mas afirma que ele continua fazendo tudo muito bem sozinho.
“Eu tenho autonomia. É essa liberdade que a gente precisa como cego. As pessoas têm que dar a oportunidade de eu tentar fazer, né? E assim, claro que eu vou conseguir fazer”, disse.
E Márcio não fica parado. Está estudando leitura e a escrita em Braile e informática. Também faz um curso de orientação e mobilidade para poder se locomover sozinho.
“Eu sou curioso, sabe? Eu sempre quero mais. Para mim, isso aqui é pouco ainda. Vou estruturando aí, vou estudando, vou melhorando minha condição de vida e vou vivendo como todo mundo”, afirma.
Mesmo cego, agricultor de Guarapuava cuida dos animais e tira leite em sua propriedade rural (Foto: Reprodução/RPC) |